Trabalhadores da Chesf e de algumas bases de Furnas não aceitaram a proposta da Eletrobras para o pagamento da Participação nos Lucros e Resultados (PLR) e iniciaram greve por tempo indeterminado nesta segunda-feira (09/06). O Tribunal Superior do Trabalho (TST) marcou audiência de conciliação para esta terça-feira (10).
De acordo com Fernando Pereira, secretário de Energia da Federação Nacional dos Urbanitários (FNU), o movimento atinge as bases de Pernambuco, Alagoas, Ceará, Rio Grande do Norte e Sergipe da Chesf. Em Furnas, cruzaram os braços os trabalhadores de BrasÃlia e da UHE Serra da Mesa (1.275MW), localizada em Goiás.
Pereira explicou que os trabalhadores dessas empresas não aceitaram receber um benefÃcio menor em 2014 na comparação com 2013. "Eles entendem que o prejuÃzo da Eletrobras não foi causada pelos trabalhadores e sim pelos efeitos da Medida Provisória 579", disse, referindo-se à atual Lei Federal 12.783/13, que reduziu as tarifas de energia e estabeleceu as regras para a renovação das concessões de geração e transmissão.
A proposta foi aprovada por 12 das 14 empresas do grupo Eletrobras, inclusive nas distribuidoras, cujos trabalhadores receberão menos (valor referente a uma folha salarial de dezembro de 2013). "Nas distribuidoras as metas pactuadas não foram cumpridas. É exatamente o caso oposto de Chesf e Furnas", explicou.
O Jornal da Energia tentou contato com Furnas e Chesf, mas não obteve retorno até o fechamento desta matéria, à s 17h30.Â